Descobri o slackline já lá vão 10 anos. Na altura tinha tido um acidente de ski em que rompi o ligamento cruzado do meu joelho. Na altura comecei a procurar uma atividade para fortalecer o meu joelho e o slackline foi a que  me pareceu mais interessante. Era fácil alterar as características do treino, através da tensão e da distancia, o que tornou o slackline um desafio bom e divertido.

Antes de começar a praticar slackline já praticava ski livre e escalada.

A minha primeira grande vitória no slackline aconteceu em 2012, quando venci o campeonato Suiço de trickline ( Swiss Trickline Championship).

Rodeo: Simplicidade de equipamento. Super leve, ideal para viagens e tem uma grande dinâmica para surfar, andar e estáticas.

Highline: Para mim o highline é a vertente mais segura, podes realmente ir até ao teu limite sem grande perigo. Podes fazer grandes movimentos, como bounces de 4m e surfadas de 5m, com grandes acelerações. O highline é o desporto de free stlyle mais seguro.

Longline: É divertido mas um desafio difícil. Hoje em dia já não é a primeira escolha, pois necessita de muito equipamento e porque se tornou mais simples tensionar uma grande highline, do que uma longline.

Trickline: É um desporto muito rápido que é divertido de ver. É muito divertido conseguir voar como num trampolim mas, infelizmente, é um pouco perigoso devido às tensões necessárias para uma boa trickline. Eu substituí o trickline tradicional pelo trick no highline.

Organizar o encontro de Moleson, onde houve um número incrível de participantes e de records a cair, foi, sem dúvida, um dos que mais me marcou.

Num futuro breve penso fazer algumas highlines mais curtas, nos Alpes, para criar grandes vídeos. Acabei de terminar alguns projectos  muito grandes e ainda não tenho o próximo definido.

Fomos beber um cerveja e tornou-te claro. Na verdade, na altura, apenas pensávamos em desenvolver postes para ginásios, que permitissem a prática de slackline nestes espaços.

O Tobi é genial a desenvolver equipamento e a ter ideias. Eu sou aquele que testa o equipamento no campo e, sabendo o que o mundo slackline está a pedir, posso guiar o Tobi na direção certa, quando ele está a desenvolver um produto.

Às vezes também assumimos riscos grandes, quando recorremos a moldes no nosso processo de desenvolvimento de equipamentos. Isto garante-nos muitas opções ao nível do design mas também acresce custos.

Definitivamente, ainda há espaço para evolução nos equipamentos de slackline. Mas, na verdade, o equipamento evoluiu muito nos últimos anos, o que torna mais difícil a tarefa de criar um produto realmente revolucionário.

Não, não sofri qualquer lesão significativa. E, para highline, não preciso de preparar o meu corpo de forma específica. O que requer algum treino são manobras como os handstands, que treino muito no chão, assim como a flexibilidade. Para além disso,  procuro usar a bicicleta ao máximo, no meu dia a dia.