Rui Mimoso

Rui Mimoso

O Rui Mimoso é uma das figuras incontornáveis do slackline em Portugal.

Este trickliner, que começou a fazer slackline em 2012, conta com mais de uma dúzia de participações em competições internacionais.

Para além do que faz na fita, fora dela tem contribuído com varias iniciativas de promoção do slackline em Portugal, como o European Slackline Cup que organizou, em Fornos de Algodres este ano .

Atleta da Monkeybiz Slackline desde 2013, conta com passagens por equipas como a Elephant Slacklines , a Slackline Industries e, nesta altura, representa também a Slack Mountain.

“…Conheci o

slackline

e tudo

mudou…”

“…Conheci o

slackline

e tudo

mudou…”

Rui Mimoso

QUEM É O RUI MIMOSO?

Como descobriste o slackline?

Descobri o slackline através de dois amigos, que me desafiaram a experimentar! A primeira impressão da modalidade, era

que era muito difícil e aborrecida, isto porque o inicio da pratica de slackline requer muita insistência e dedicação para se ganhar

o equilíbrio necessário até se começar realmente a desfrutar da fita. Mas a partir daí,fiquei viciado e nunca mais parei!

Como e quando começas-te a fazer slackline?

Experimentei pela primeira vez nos finais de 2012, quando fui ter com dois amigos meus a um parque na Covilhã que tinham uma fita montada e estavam a tentar equilibrar-se lá em cima. Mas quando realmente fiquei com vontade de practicar slackline foi quando conheci a vertente de trickline. Era na altura praticante de escalada e num evento desta, estava uma malta a fazer slackline, mas estavam a fazer algo que nunca tinha visto, saltos e acrobacias na fita, o que imediatamente me despertou a atenção e vontade de fazer, nesse mesmo fim de semana comprei a minha primeira fita e nunca mais parei.

Qual foi a tua primeira vitória pessoal no slackline?

A minha primeira grande vitória foi quando me sagrei campeão nacional em 2014, no circuito nacional da ASPT. Foi um momento muito especial e fiquei ainda mais empolgado para procurar mais. Com esta vitória veio a oportunidade de poder, a partir daí, participar em competições internacionais e juntar-me a uma das mais importantes equipas mundiais.

Em que é o slackline mudou a tua rotina e o teu corpo?

Sempre fui praticante de desporto e competi em várias modalidades, mas nunca competi em nenhuma que individualmente me

desse vontade de chegar ao topo, de lutar pela máxima evolução possível, até que conheci o slackline e tudo mudou!

Basicamente a slackline é diferente dos outros desportos que conheci e pratiquei, é um grande desafio pessoal, onde temos de

nos superar a cada dia que passa.

Além disso, a comunidade praticante é fantástica, somos todos como uma família, é um prazer enorme partilhar a fita com alguém. O melhor que se pode sentir é o facto de, em competições, não existir rivalidade e sim entreajuda e apoio mutuo entre todos os participantes, mesmo nas competições mais importantes do mundo onde está muito em jogo!

A nível do meu corpo sinto grande equilíbrio a nível postural, com mais força e potencia muscular e grande aumento da proprioceptividade e noção corporal no espaço. Apesar de quando se treina e compete a alto nível, acabamos por ter muitas lesões derivado do facto de puxarmos o nosso corpo ao limite, na procura do aumento da performance e evolução.

Qual foi a tua pior lesão?

Já tive várias lesões, infelizmente, desde luxações, entorses ,distensões, fracturas , mas a minha pior lesão foi quando fui pela primeira vez a uma competição internacional. Estávamos em 2015, em Richmond, USA, pela primeira vez entre os melhores do mundo da modalidade, quando na minha primeira ronda da competição fracturei o antebraço esquerdo, partindo o rádio e o cúbito, ao falhar um mojo flat spin.

Fui logo assistido no local, posteriormente levado para o hospital, onde recebo a noticia que tenho de ser operado, porque senão o fizesse nunca mais iria conseguir rodar o braço. Felizmente correu tudo bem, continuando hoje ainda a competir ao mais alto nível, a fazer uma vida normal, apesar de ter um braço “quase” como o robocop! eheheheh

Quais foram as principais competições em que participas-te e qual foi a que mais te marcou?

Já participei em muitas competições, muitas delas em lugares épicos, tais como Gopro Mountain Games em Vail, USA, em dois Campeonatos do Mundo, um no Brasil, em 2015, e outro no Japão em 2017. Mas a competição que me marcou mais foi o facto de ter estado a competir no maior evento de desportos radicais do mundo, os XGAMES, em Austin, USA. Foi um prazer ter estado 2 anos seguidos a competir lá, sendo o primeiro português a ter competido no Xgames, foi bom fazer parte da história, num evento que via desde miúdo e que tinha imensa vontade de ir ver, mas nunca pensaria que seria possível poder estar do outro lado, a competir!

Foi um sonho realizado!

Como conheceste a Monkeybiz?

Os macacos da Monkeybiz, conheci-os no evento de escalada que falei anteriormente, eram eles que lá estavam a promover o desporto, eles andavam, saltavam, faziam manobras e acrobacias, fiquei louco e foi aí que disse para mim mesmo, é isto que quero fazer! Foi a eles que comprei a minha primeira fita, a partir daí sempre me foram lançando desafios e hoje além de grandes amigos, são meus sponsors. Tenho muito orgulho em poder fazer parte desta equipa de macacos, pois sempre fizeram um trabalho exímio na promoção e dinamização da modalidade.